História





No final de 2004 começou-se a pensar em criar-se uma banda de rock a que se deu o nome originalmente de The Rising Flames, com algumas músicas criadas. No momento na banda estavam Carlos Lobo (Lead Guitar) e Simão Ferreira (Rythm Guitar). Eles queriam que a música deles soasse como Metallica, mas para isso só faltava um baterista e um baixista. Foi-se procurando até que Simão Ferreira se lembrou que um amigo dele conhecia um baterista que andava na mesma escola que eles (Escola Secundária Madeira Torres) e então encontraram-no lá juntando-se logo ele à banda. Carlos Lobo era o cantor provisoriamente até se encontrar um vocalista que só cantasse, para os guitarristas se concentrarem mais em malhas mais elaboradas. Depois de várias tentativas de muita gente para ser vocalista da banda, ninguém foi escolhido para os The Rising Flames. Nos ensaios os The Rising Flames tocavam covers de Nirvana e Metallica e as musicas criadas por eles. Passado alguns ensaios, como Simão Ferreira não arranjava tempo para tocar com a banda saiu, ficando só Carlos Lobo e Nuno Esperança. Já existia uma banda de Torres Vedras chamada Fanning The Flames. O guitarrista e o baterista tiveram uma hipótese de se calhar se juntarem à banda porque a banda precisava de um baterista e um guitarrista e Carlos Lobo conhece o violionista. Mas como o estilo de música não era bem o mesmo pretendido pelos The Rising Flames decidiram não o fazer. Então para não se confundirem com eles pois o seu nome era parecido e os Fanning The Flames eram mais conhecidos que os The Rising Flames nessa altura, mudaram o nome para Within Hell, criando músicas mais trabalhadas que as criadas originalmente. No dia 13 de Janeiro de 2009, o guitarrista João Lobo, irmão de Carlos Lobo, que já tocou em MJevolution juntou-se aos Within Hell como membro da banda, ele que só tinha papel de compositor em algumas músicas da banda. Assim os Within Hell ficaram com 2 Lead Guitarists, sendo que ambos tocam solos em praticamente todas as músicas. Enquanto os Within Hell estavam a continuar a composição do primeiro projecto intitulado Memories, depois de muita procura por um baixista, os Within Hell encontraram Alexandre Sousa dos Wolves on Demand. Entretanto, as audições para vocalista da banda continuaram até que o vencedor do Nasci p'ra Cantar, Delfim Miranda, amigo da banda há muitos anos,  aceitou a proposta de experimentar o Rock Progressivo ao lado dos Within Hell. A banda está agora completa e pronta a continuar a gravação dos temas do Memories.





Mas quando se trata de Within Hell, não nos podemos limitar simplesmente a contar a sua História como um seguimento de acontecimentos da banda ao longo dos tempos. Sendo assim, é importante referir a mentalidade da banda, e muito mais. Esta banda não tem como prioridade a venda nem o sucesso e os fãs, mas sim primariamente criar música genial e original. Within Hell é uma das poucas bandas de Rock Progressivo portuguesas e das mais originais, complexas tecnicamente e variadas na criação da sua música. Começamos por explicar o nome atribuido à banda porque não é suficiente que se refira que mudaram de nome só porque sim. O nome inicial, The Rising Flames, significava os jovens músicos cujos sentimentos e a musicalidade tanto tinham presentes dentro de si que ao longo dos tempos cada vez mais iam crescendo desmesuradamente até que o "fogo dentro de si" se ia alastrar até que "incendiavam" a alma das pessoas e faziam-nas sentir o que eles próprios sentem com a sua música. O nome Within Hell que depois foi atribuido à banda é talvez o maior passo que a banda deu em termos conceptuais. Não significa só que quem ouve se vai sentir dentro do Inferno mas principalmente que os músicos já cresceram o suficiente interiormente e as chamas interiores que estes possuiam em termos sentimentais tornaram-se no autêntico Inferno. Quem ouve Within Hell, por norma vai-se sentir num ambiente completamente infernal, novo, poderoso, caótico por vezes, e que ainda assim provoca prazer. Poderão até utilizar o nome da banda como uma expressão: "This band is within hell!!!", que tem a conotação positiva referindo-se à espectacularidade e diferença que esta banda tem com tudo. Apesar de grandes fãs de Dream Theater, os Within Hell têm uma sonoridade e uma forma de composição extremamente diferente. Carlos Lobo, um dos guitarristas da banda afirmou: "Nós até conseguimos ser diferentes de nós próprios... Ainda que nós somos nós próprios, conseguimos sempre superar-nos e ser diferentes no nosso estilo e nos sentimentos que provocamos em todas as nossas músicas apesar de todas elas fazerem-se lembrar umas às outras em algum aspecto. Tecnicamente, tocamos sempre no nosso limite. Não temos medo de compor para o nosso limite porque com a prática, o que era o nosso limite passa a ser o que nós tocamos normalmente, e o nosso limite passa a ser outro." O primeiro Álbum, Memories, todo ele fala do passado, de estar preso no passado (considerando o presente que se está a viver agora como sendo o passado de um futuro melhor), da nostalgia, das memórias tanto deprimentes como felizes, a sensação de déjà vu, do tempo e da sua passagem, entre outras coisas; e todas as músicas se relacionam de alguma forma não só na letra como em algumas escalas e malhas, tanto na sua melodia como na sua harmonia descrevendo bem os conceitos apresentados no álbum, apesar de provocar sentimentos abstractos em relação a isso por vezes, cabendo ao ouvinte a sua própria interpretação. A música After The End Of Art é baseada no livro de Arthur Danto e a sua presença neste álbum logo no início faz todo o sentido. A banda apresenta-se a mostrar a sua dedicação pela arte e o seu apoio à teoria de Arthur Danto. O tempo e a sua passagem também é um conceito que é logo introduzido nessa música. O Leviathan é um demónio lendário que para alguns é um monstro marinho e para outros o dragão que cospe as chamas do Inferno. É uma música que mostra o ambiente caótico e pesado que os Within Hell querem fazer passar, exibindo sentimentos que eles próprios sentem no passado ou agora devido a coisas que aconteceram no passado e que os ouvintes também possam lembrar e se libertar ao ouvi-la. A música que tem o nome do álbum, Memories, é como Leviathan um instrumental, e é a maior música do álbum. A música faz lembrar as memórias de um passado mais distante. Algumas causam nostalgia, outras são mais tristes, outras merecem ser esquecidas. O ciclo da vida e dos nossos pensamentos que por vezes nos atormentam é expresso no início e no fim da música e na forma geral como a música foi composta. O final também causa uma sensação de déjà vu para quem ouviu a primeira malha da música que só se repete passado mais de 20 minutos na sua conclusão. A música Rock On tem um nome que simplesmente tem a ver com a melodia. A letra da música tem a ver com o conceito do álbum e as malhas apesar de poderem ser aplicadas à expressão "rock on" não têm que necessariamente ter a ver com o nome. A ideia para o nome da música foi do guitarrista João Lobo que reparou que as pessoas utilizam essa expressão referindo-se a bandas de Metal, mas raramente isso foi colocado como o nome da música. O "Phrasal Verb" rock on pode ser também interpretado como um apelo à continuação do trabalho iniciado, e faz sentido a colocação desta música a meio do álbum. A quinta música chama-se Déjà Vu, e como o próprio nome diz, esta é criada para provocar a sensação de déjà vu. João Lobo teve um papel bastante participativo na composição da música nas partes mais sentimentais e mesmo que a melodia não lhe causasse a sensação de déjà vu, vai trazer-lhe sempre memórias. Cada pessoa é que pode depois referir a sua relação tanto com esta música como com todas as outras, porque nenhuma necessariamente tem que ser interpretada desta forma, mas aqui vai ser só apresentado o porquê da sua criação e o propósito. Após a introdução deprimente, o final da malha com distorção contém os mesmos acordes da música Smoke On The Water dos Deep Purple, que é uma das malhas mais conhecidas da música contemporânea. Embora completamente diferente dessa malha, no final o facto dos acordes serem os mesmo causa uma sensação de Déjà Vu. A malha final da música foi composta com a tentativa de dar a sensação de reticências e também talvez de ponto de interrogação, até porque é propositada a forma como a malha termina após a terceira nota com eco. A música (hallenge é Challenge mas o C foi transformado num ( por opção artística. A tradução é desafio, que é exactamente o que esta música é para os músicos em termos técnicos. É uma música algo bizarra e abstracta, e o último solo embora mostrando nostalgia tem mudanças de escala algo bizarras e interessantes. Ainda assim a interpretação e a opinião do ouvinte é livre. A passagem de Déjà Vu para (hallenge é suave e parece fazer todo o sentido ouvindo ambas uma a seguir à outra. O final da música mostra a essência do Rock Progressivo, estilo de música ao qual os Within Hell se enquadram. A sétima música tem o nome da banda de que todos os membros tiveram influências na sua juventude, e é um tributo bastante elaborado aos Metallica. A música ultrapassa largamente os 10 minutos e é uma compilação com transições bastante interessantes e com mudanças de ritmo de umas para as outras que evidencia o estilo Progressivo dos Within Hell, e esse estilo estando também presente nos Metallica também foi explorado e aproveitado. A música com que os Within Hell se despedem neste álbum chama-se Past. É uma música com mais de 10 minutos, deprimente, que evidencia a raiva, a esperança, e toda uma panóplia de sentimentos. É aqui que na letra se fala de se estar preso no passado, e o presente é o passado de um futuro melhor, visto pela perspectiva de cada um de nós noutra dimensão: o futuro. Há um interlúdio de Jazz Experimental nesta música que é também um estilo que os Within Hell vão explorar ao longo da sua carreira. A capa deste primeiro trabalho, começado em 2006, é da autoria de Carlos Lobo. Esse espaço que é aí apresentado é um espaço exterior que representa o interior de uma pessoa. Gera-se a dúvida na cabeça das pessoas que o que está por cima das rochas é água ou nevoeiro. Isso vai ser esclarecido na relação desta capa com outras capas de outros álbuns futuros, e vai ser explicado o porquê de ser assim quando esses álbuns forem lançados.

WITHIN HELL É A BANDA DE ROCK PROGRESSIVO MAIS ORIGINAL DE PORTUGAL